Friday, June 10, 2005

Para trás, apenas luzes...

Reinventei-me, trouxe à luz o que apenas havia de sangue nestas feridas que abriam compulsivamente, mostrei e adorei ao contemplar o que acabava de ser criado.
Nem tú nem ninguém compreendem a profundidade do amor que aparece para dar sem pedir o que de bom há para ser dado. Vasculhei no íntimo aquilo que acreditava poder ser uma prova do que algum dia alguém no mundo pudesse saborear ao estar na sintonia de Adão e Eva, quando tú me mostraste o quão o mundo podia ser cruel...
O embate acordou-me como um duche frio numa tarde de verão, o teu olhar complacente mostrou-me o que havia para ser descoberto como se a vida me olhasse e dissesse "se não sabes nadar, só mergulhas se quiseres..." atirei-me a essa verdade e descobri... Abri a porta há muito fechada para que morresse sentindo que a vida me havera tocado, sem remorso, sem mágoa, com a simples noção de que um dia haveria de haver frutos a colher... para mais tarde saborear...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home