Monday, June 12, 2006

Quem sabe, estarei certo...

quero morrer de cancro,

quero sair daqui

sim, quero o que quiseres

mas nunca sem limpar a memoria do que já fiz

quero arder a poesia,

pôr a correr o sangue de quem me faz feliz

quero ser um dia

quem nunca me deixou dormir


quero comer o podre

e tornar-me no aprendiz

de quem nunca me disse não

de quem sempre fez o que quis


faz o que me arrasta a vida

para aquela sarjeta que de mim cheia está

pensas que mais uma marioneta baixou o pano

mas um fio ainda está para puxar

e quem se dará a esse trabalho e vergonha?

descansa a alma por agora

de mim livre estás...

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