Enfim...

São pernas desnudas, são pedaços de mulher que desejo, uma e outra vez... Nunca uma mulher inteira, se os pudesse juntar a todos... Uma mulher feita de várias outras... Um desejo do tamanho de todas elas... Mas e a alma? onde irei buscar a alma para tal entidade? São promessas de uma nostalgia que não existe... Enfim...

Arregaço as mangas e começo a romper a placenta que há tanto me prendia... acabo de ser parido para um mundo frio e já não há pontapé que me safe...
Tentam me dar chapadas nas costas para eu começar a respirar mas já lá não há ninguém... são só facadas... tento em desespero chorar, gritar cá para fora toda a dôr que significa nascer... o primeiro fôlego é demasiado... vejo uma planície branca enorme à minha volta.... não há vivalma mãe... mãe?...

"já não há masoquismo que traga prazer a isto..."