Friday, May 29, 2009

Unendlich...

Memórias antigas assolam-me, aquecendo-me o coração.
Como é que um cargueiro cabe em três quadrados de uma grade de protecção continua a ser respondido pela magia do momento de encontro à beira rio com o nascer do sol e umas pingas de chuva a intrometerem-se na tela... Qual quadro já pintado conta a história do poncho que serve de abrigo, a risos entrecortados pela vergonha, de olhares mais curiosos que pululam no metro a essas horas? Que cozinha alberga uma história de tal arrependimento e paixão, que até os móveis poderiam falar de momentos de choro e riso de igual intensidade conforme a situação?

Não é uma questão de respectivos,
é um par de timmings, de fase da vida,
que tal como uma marca na pele
feita por uma mala pesada ou um sapato apertado,
nos imprime no interior uma sensação paradoxal
de aperto e alívio,
por nos dar a entender que as coisas não têm fim,
quando ficam cá dentro,
seja qual for a conclusão "material".