Sunday, March 25, 2007

Parece-me...

Parece que o amor acabou...
...com a nossa relação.

Sunday, March 11, 2007

103º post

-Eu consigo... Eu juro que vou conseguir!!!
-Mas vais conseguir o quê..?
-Fazer-te feliz...

Wednesday, March 07, 2007

Laços...

Por demasiado tempo esperei que me falasses, pensando que te estaria a dar uma lição com a minha ausência...
Agora que telefonei e se me acabou o saldo (que nunca parece suficiente quando falamos com alguém de quem se sente tantas saudades) que quem aprendeu a lição fui eu, a minha ausência magoa-me a mim, reflecte-se na ausência do mundo e da vida no meu coração... Vou deixando de sentir, vou deixando de ser quem sou, e embora pensasse que me esquecia de onde vinha, não me esqueço, simplesmente vai-se enterrando mais fundo a ferida, para fingir que não dói tanto assim... Vou-me enterrando a mim, cada vez mais fundo dentro de mim próprio, escondendo-me da realidade, vendo a vida passar, acima de mim, sem a viver...
Chegou a altura de abrir a janela, de subir ao primeiro andar e ver o nascer do sol...

-Telefonei para dizer olá... Tinha saudades...

dedicado à menina que consegue dar um pouco de côr e magia a mafra

Monday, March 05, 2007

"dois cafés por favor..."

Dois cafés, um para mim e outro para a tua imagem que continua cá dentro... Uma mesa vazia, porque nem tu estás aqui, nem eu me encontro...
Vou viajando pela paisagem, procurando onde pertencer, enquanto jogo ao gato e ao rato com o meu inconsciente...
Não me deixas ir... Terei de ser eu a desprender-me de algo que não queria perder...
Mas agora é óbvio, tenho de matar o que existe cá dentro, aquilo que me faz sofrer...
Antes que mate a mim...

Pertences espalhados pelo chão...

...por toda a parte...
Para quando um baú consistente que eu possa transportar comigo, que eu possa abrir para partilhar mas sem perder nada do que é meu?
Vou arrumando os pertences que encontro, para não tropeçar, para ir encontrando o caminho...

Serei um barco com árvores...

Já não podemos ser uma península meu amor,
reclamámos as nossas costas e devotamo-las ao mar,
por inteiro, seremos ilhas...
Para que, sufocados e isolados pela água
possamos saber que território é o nosso,
e ao continente retornar,
quando quisermos,
como ilhas ou arquipélago...
Seremos naus,
com terra, animais, vida própria,
enquanto ilhas,
que navegam as ondas e marés do destino...