Wednesday, September 21, 2011

meditar?

Era bom que a Terra soubesse parar de quando em vez... Que pudéssemos ter tempo de procurar o sítio para "onde vão os dias de ontem". Mas ela não pára, e então procuramos nós esse tempo, esses momentos em que nada mais importa. E ela parece parar... E por momentos, breves momentos, agarramos esse espaço... Um lar onde quer que estejamos, onde somos sempre bem recebidos...

Wednesday, September 14, 2011

Vem...

o mundo parece ganhar uma outra profundidade, como se caísse sem amparo... nos teus braços, e caísse de novo, para me experimentar, e reconhecer que os teus braços sempre foram escorregadios...
as vertigens avisam-me e eu tento ignorar mas a verdade é que nunca caí a sério para ter medo, o que doeu foi não estares lá um dia, um simples momento que valeu o resto da minha vida em incertezas que agora tento dissipar... a ambivalência é um jogo que já não me atrai, enoja, confere a repulsa que dá sentido suficiente para não chorar... deito-me e penso se este mundo é realmente harmonioso quando não encontro homeostase nenhuma no facto de não estarmos juntos... Quem me dera me amar desta forma... a conformidade só patrocina os que almejam não chegar ao pódio, e garanto-te, eu sou um vencedor, daqueles que contigo subiria às nuvens para reclamar a taça.

Monday, September 05, 2011

Acordar

A vida decide-se num milésimo de segundo, quando a ordem de executar se dá na nossa cabeça, um impulso, que viaja a uma velocidade inimaginável ao longo de uma distância igualmente inimaginável... Tentamos complexificar a coisa dando-lhe importância, atribuindo-lhe medos e precauções, achando que as inseguranças são maturidade e capacidade de análise de uma balança que não existe em mais lado nenhum senão no mundo que criamos quando perdemos a criatividade que tínhamos enquanto crianças, aquela que não dava lugar à possibilidade de errar por não exisitr erro...
Para quê aprender o conceito de erro? Para quê criá-lo..?
E se nos dissessem que esta é a nossa única vida?
E se nos dissessem que estes momentos não se irão repetir?
Que faríamos então?
Chega de fazer o que apetece... Está na hora de se fazer o que realmente se quer!
Sonhos, ambições, megalomanias, ilusões e expectativas... Eu chamo-lhes Vida.
Há que sentir o vento na cara quando se caminha...

Sunday, September 04, 2011

Rescaldo

Nem sabes o quanto gosto de ti, por todo o mal que me fizeste.
Masoquismo é sentimento de espíritos velhos, não tem lugar aqui...
Fizeste-te chegar ao ponto de ruptura com a comodidade, empurraste-me de volta para dentro da realidade.
Os limites sempre me abriram os olhos, como quem está à beira do precipício fica a saber que tem de aprender a voar.
E logo me despeço, e te perdôo e não guardo rancôr.
A luz que brilha no novo dia não deixa lugar a escuridão, tudo é iluminado e aparece bem definido ao meu olhar.

O cinzento nunca foi a minha côr favorita, obrigado por teres sido a côres...