Monday, May 29, 2006

Um bocadinho aqui, um bocadinho ali...

Calor, demasiado calor e a saudade de uma cara, de uma boca e tudo o que ela me faz sentir...

-Não me perguntes mais, deixa-nos saborear o que ainda não se passou, deixa-me antecipar o beijo, viver a expectativa do teu calor nos meus lençois...

A curiosidade nos teus olhos faz-me acreditar que todo o mundo está ainda por descobrir, que o céu é meu para voar, extasiado, sem qualquer rumo definido que não seja o teu sorriso...
Levo-te para casa num canto da minha mente que já é teu, por ocupação diária...

-Não pares de sorrir... Nunca... Ou a noite cairá sobre esta tarde de verão como a brisa mais fria que alguma vez senti...

Saturday, May 27, 2006

Um milhafre qualquer...

De onde vens afinal...? De uma tal janela que desconheço... De um paladar que estou para descobrir? Para quê o reflexo de algo que sei ser mais que uma breve chama? Doce ou salgado? Onde pára o teu limite ó rio? Levas-me para o interior ou em direcção ao meu quintal? Ondeia comigo, para todos deslumbrar, sem ponte ou chafariz... Deixa-nos iludir os que passam, fazendo-os pensar que esta será a tal viagem que nunca acabará...

Tuesday, May 16, 2006

uma noite de se's...

E se eras tu? e se eu deixei passar a oportunidade por pensar que ficavas por aí?
e se perdi a mulher que me daria descanso? e se me deixei descansar na certeza da minha importância? e se me deixei passar no horizonte da tua vida devido à insegurança que sentia em relação à falta de vida que ocupava a minha? e se eu te tivesse agora? e se estou melhor agora? e se amanha acordo e encontro alguém que me faz esquecer de ti? e se tu já te esqueceste de mim? e se...?

Sunday, May 14, 2006

A dicotomia pensada...

E perdidos estão os que, a pensar no amor, apostaram as suas vidas no eterno que de velho e monótono faleceu. Os que extinguiram por reincidência a chama a mando da paixão, e ao sexo devotaram os corpos moribundos.
Entreguemo-nos então à paixão, para a redenção encontrar, mas por momentos apenas, para que o corpo não sobreviva sem o calor da relação, para que possamos nos entregar de alma onde o corpo já queimou, e de corpo onde a alma já descansou...

Thursday, May 11, 2006

De-vez-em-quando...

A atmosfera vai se formando,(stop) eu já não me lembro daquelas tardes de verão,(stop) tudo parece não fazer o sentido que outrora lhe atribuía...(stop)
O que é verdade é que a vida continuou e eu estou aqui...(stop) O recanto espera sempre por mim com a candura do costume...(stop) Solto um sorriso,(stop) brindo à vida e ao que está para vir...(stop) Adoro-te...(stop)

Sunday, May 07, 2006

Contágios


-Acorda... anda vaguear o universo comigo...
-ok, deixa-me só ir buscar uma imperial...


A divagação invade o solo fértil em que nos sentamos
e só percebemos a viagem que o nosso espírito realizou
quando as luzes do palco se apagam
e nos deixam naquela escuridão
que permite a adaptação ao dia sequinte,
a realidade.
Como se a própria mente o reclamasse,
levamos um pouco daquela realidade,
onde estivémos,
connosco e para onde formos
contagiando o mundo à nossa volta
com as sensações que por momentos foram
uma outra vida,
onde almejámos o que um dia
poderia ser a nossa redenção...


-As noites parecem-se em muito com as peças...
Mas em qual delas se conhecem melhor as pessoas?